Entrevista I
À conversa com um cidadão, residente de faro: Nestas conversas tentámos ser imparciais e desenvolver o diálogo de uma forma geral em relação á arte pública do município, a fim de não influenciar respostas. Assim a conversa começou pela identificação do indivíduo, neste caso um cidadão residente nas proximidades do local da nossa intervenção, na faixa etária dos 40-60 anos de idade, empregado na função pública.
A primeira questão foi quanto ao seu agrado de residir no local em questão, e a sua apreciação. O inquirido referiu-se assim ao local, como um sitio sossegado, onde gostava de morar, mas com alguma tristeza mencionou ser um sitio um pouco esquecido da cidade, maltratado e deixado ao abandono. Onde se nota claramente a diferença social, pois de um lado temos prédios novos, outros ainda em construção e do outro lado da rua acampamentos e barracas, e ainda um projecto de uma rua falhada, que apenas tem meia dúzia de pequenas casas rasteiras. Seguidamente e passando para a parte em que a questão se centrava na sua opinião ao que se poderia fazer para melhorar o local, torná-lo mais chamativo; a sua resposta foi imediata, breve e curta: “ Se começassem por arranjar a estrada, era um bom ponto de partida, e depois em vez de construir prédios tão altos e “quadrados”, para ainda mais marcar a diferença social, podiam era fazer casinhas pequenas como as que já cá estão. Podiam continuar o projecto que deixaram a meio!”
O seguinte tema desta conversa foi em relação aos espaços verdes na cidade, e qual era a sua opinião, se eram muitos ou poucos, se poderia haver mais e onde, e ainda se gostaria de morar perto de um. A contestação foi positiva, que era bom que todos pudéssemos ter um espaço verde perto da nossa residência e dentro da cidade, ainda mais ele, que tinha tanto espaço perto da sua moradia tão mal tratado e arranjado. Nós pergunta-mos se ele gostaria de ver o depósito e o seu espaço envolvente melhor tratado, mais bem aproveitado, ao que a sua resposta foi afirmativa, que gostaria, que com tanto espaço que ocupa o depósito e a área envolvente de grandes dimensões que daria para fazer uma coisa interessante, para embelezar e enriquecer não só a área mas também a cidade, tornar o local num ponto de interesse e atracção.
A nossa terminou por aqui devido á falta de tempo do senhor…
Entrevista II
Após uma breve introdução acerca do trabalho que estamos a desenvolver a Senhora em questão mostrou-se muito sensibilizada e colaborou prontamente nesta "entrevista".
Abordámos somente quatro questões; requalificação ambiental, zonas socioculturais na cidade, desenvolvimento sustentado e arte pública.
E conforme resultado abaixo ficamos com pena da conversa não se ter estendido por outros assuntos... A senhora referiu a parca existência de zonas verdes e a má gestão das mesmas pela parte do município. Mostrou-se receptiva em relação à criação de novas zonas verdes, especialmente na zona em questão dada a proximidade de uma escola secundária e o seu impacto, contributo para um melhor entendimento ambiental dos seus utilizadores.
Refere a existência da oferta cultural na cidade (teatro municipal e teatro Lethes) mas cita a mesma como inacessível à grande maioria da população bem como, muitas vezes, demasiado contemporânea para o entendimento das pessoas da região. (Frisou a importância de uma educação cultural mais activa e da necessidade de eventos socioculturais de entrada livre e com uma programação progressiva, no sentido de encaminhar os gostos populares às novas tendências actuais. Abordou ainda a pouca relação entre a tradição e modernidade, a perda dos costumes, as festas da sua mocidade e a problemática financeira actual, sintoma das pobres audiências e do pouco interesse da população em eventos culturais.)
Mostrou-se desconfiada em relação ao desenvolvimento sustentado da região e da cidade especialmente no que diz respeito aos gestores da autarquia. Referiu nomes e situações que roçam a corrupção e apelou ao direito de voto dos jovens.
Em relação à Arte pública a senhora mostrou-se algo desiludida com a existente na cidade, à excepção da rotunda do Aeroporto não referiu mais nenhuma obra e depois revisitou algumas capitais europeias (entre as quais, Lisboa) onde, aí sim, tinha ficado impressionada com a arte pública.
Esta senhora, entre os 50-60 anos, reside em Faro acerca de 30 anos.
Entrevista III
Esta entrevista teve como intervenientes dois alunos da Esc. Secundária Neves Júnior em Faro. Um rapaz e uma rapariga com idades compreendidas entre os 14 e os 15 anos, sendo os dois naturais de Faro.
Em relação a zonas ambientais na cidade de Faro referem somente o parque da Alameda e falam do mesmo como zona de perigo, pouco asseada e mal frequentada, um deles (a rapariga) refere mesmo ter medo de passar por lá porque uma amiga já lá foi assaltada. Acham que deveria haver uma ou mais zonas verdes na cidade e com a possibilidade de se realizar lá eventos e acções recreativas como jogos, torneios etc. Também referem a importância de um parque infantil e da possibilidade de realizarem projectos escolares fora da escola, como mostras, exposições e apresentações em espaços públicos. Neste caso entende-se a vontade e até mesmo a necessidade do confronto das suas realizações com a sociedade. Referem a escola como meio fechado com poucas oportunidades de contactos exteriores mesmo a nível inter-escolar.
Concordam que uma zona verde sociocultural poderia permitir a realização de uma série de actividades benéficas para as trocas culturais, como intercâmbios desportivos, mostras inter-escolas, etc.
Em relação à situação cultural da cidade começam por referir a mesma como inexistente apesar de referirem já ter visitado o teatro Lethes e o teatro Municipal em deslocações escolares. Também já tinham visto peças de teatro na escola promovidas pela Acta (A Companhia de Teatro do Algarve). Em relação a artes plásticas nunca viram nenhuma exposição em Faro, desconhecem as galerias municipais e das privadas nem sabiam que existiam, apesar de já terem visitado o museu arqueológico de Faro pela escola. Também referem as visitas de estudo a Lisboa, nas quais só visitaram museus mas os que referem são o Museu da Marinha e o Museu dos Coches sem nenhuma menção ao CCB ao Museu do Chiado ou ao Museu de Arte Antiga cuja visita faz parte obrigatória dos programas escolares. O rapaz refere já ter participado numa exposição colectiva de desenho e pintura na sala de exposições do Instituto Português da Juventude organizada pela Escola.
Falaram da arte pública como algo distante e desconhecido apesar de referirem a escultura de homenagem ao motoclube de Faro numa das entradas principais da cidade de Faro, o busto de Manuel Bívar no Jardim de seu nome e os “homenzinhos a olhar para o céu” na rotunda do aeroporto.
Colocamos a questão de existir em Faro um miradouro e foi muito agradável a sua aceitação sendo mesmo descrita como “ bué de fixe” acharam que seria um ponto “giro” para passear com os amigos e até mesmo com os pais referindo o Serro de São Miguel como uma zona já visitada onde a vista é “brutal”.
Quando nos perguntaram o porquê desta entrevista ficaram muito entusiasmados como a ideia do nosso projecto e das possibilidades de dele advêm e até nos perguntaram para quando a sua realização.
Em relação a zonas ambientais na cidade de Faro referem somente o parque da Alameda e falam do mesmo como zona de perigo, pouco asseada e mal frequentada, um deles (a rapariga) refere mesmo ter medo de passar por lá porque uma amiga já lá foi assaltada. Acham que deveria haver uma ou mais zonas verdes na cidade e com a possibilidade de se realizar lá eventos e acções recreativas como jogos, torneios etc. Também referem a importância de um parque infantil e da possibilidade de realizarem projectos escolares fora da escola, como mostras, exposições e apresentações em espaços públicos. Neste caso entende-se a vontade e até mesmo a necessidade do confronto das suas realizações com a sociedade. Referem a escola como meio fechado com poucas oportunidades de contactos exteriores mesmo a nível inter-escolar.
Concordam que uma zona verde sociocultural poderia permitir a realização de uma série de actividades benéficas para as trocas culturais, como intercâmbios desportivos, mostras inter-escolas, etc.
Em relação à situação cultural da cidade começam por referir a mesma como inexistente apesar de referirem já ter visitado o teatro Lethes e o teatro Municipal em deslocações escolares. Também já tinham visto peças de teatro na escola promovidas pela Acta (A Companhia de Teatro do Algarve). Em relação a artes plásticas nunca viram nenhuma exposição em Faro, desconhecem as galerias municipais e das privadas nem sabiam que existiam, apesar de já terem visitado o museu arqueológico de Faro pela escola. Também referem as visitas de estudo a Lisboa, nas quais só visitaram museus mas os que referem são o Museu da Marinha e o Museu dos Coches sem nenhuma menção ao CCB ao Museu do Chiado ou ao Museu de Arte Antiga cuja visita faz parte obrigatória dos programas escolares. O rapaz refere já ter participado numa exposição colectiva de desenho e pintura na sala de exposições do Instituto Português da Juventude organizada pela Escola.
Falaram da arte pública como algo distante e desconhecido apesar de referirem a escultura de homenagem ao motoclube de Faro numa das entradas principais da cidade de Faro, o busto de Manuel Bívar no Jardim de seu nome e os “homenzinhos a olhar para o céu” na rotunda do aeroporto.
Colocamos a questão de existir em Faro um miradouro e foi muito agradável a sua aceitação sendo mesmo descrita como “ bué de fixe” acharam que seria um ponto “giro” para passear com os amigos e até mesmo com os pais referindo o Serro de São Miguel como uma zona já visitada onde a vista é “brutal”.
Quando nos perguntaram o porquê desta entrevista ficaram muito entusiasmados como a ideia do nosso projecto e das possibilidades de dele advêm e até nos perguntaram para quando a sua realização.
Entrevista IV
Esta entrevista tem como interveniente, um jovem com idade compreendida entre os 25/30 anos, natural de Faro.
Este senhor refere que a zona da nossa intervenção poderia ser alvo de uma zona lúdica com uma ciclo-via, jardins e parques infantis. (...)As famílias farenses necessitam de espaços tranquilos, sem a agitação citadina, e este poderia ser um deles(...) O próprio refere o depósito de água como sendo um local privilegiado para um miradouro podendo ter inclusive informação sobre a construção do edifício, a sua funcionalidade e gestão e ser alvo de visitas guiadas. Refere também um eventual arranjo visual do edifício e das suas zonas circundantes, referindo a criação de um skate park uma vez que o mesmo se encontra perto de uma escola.
Relativamente à arte pública refere imediatamente a mesma como inexistente, apesar de mencionar a escultura de homenagem do Moto clube de Faro e a da rotunda do aeroporto. Classifica as mesmas como pobres e não as reconhece como elementos característicos da população.
Relativamente à arte pública refere imediatamente a mesma como inexistente, apesar de mencionar a escultura de homenagem do Moto clube de Faro e a da rotunda do aeroporto. Classifica as mesmas como pobres e não as reconhece como elementos característicos da população.
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